Hoje vou contar-te uma coisa. Sim, a ti. Sabes que amanhã não vou ter voz, amanhã é o dia que não tenho força, é o dia que, inexplicavelmente, me transporta para um turbilhão de memórias, boas memórias, daquelas que apertam o coração de saudade como se de um cordão se tratasse. O dia de amanhã relembra-me um tempo da minha vida em que dei liberdade à minha própria audácia, percorri o mistério e envolvi-me no que pensava ser a felicidade.
Lembras-te da música que cantámos juntos? Às vezes sem eu dar por isso, encontro-me parada no emaranho dos meus pensamentos, a recordar-te, a relembrar-nos. Por qualquer motivo indiferente para muitos mas importante para mim, sei que não te vou esquecer e, mesmo que em dias como o de amanha, prometo continuar a imaginar outras mil e uma maneiras de te dizer o que sinto, não só porque acho que o deves saber, mas também porque me sinto bem ao dizê-lo.
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